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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Previsto para 2019, preço horário pode reduzir encargo no setor elétrico

Previsto para 2019, preço horário pode reduzir encargo no setor elétri

Em: 14/12/2017 às 09:29h por

As instituições responsáveis pela organização do setor elétrico brasileiro estão em uma corrida para conseguir implantar no mercado o preço horário de energia. A meta é que essa nova sistemática entre em vigor em janeiro de 2019. Objetivo é obter uma sinalização econômica mais aderente à necessidade operativa do sistema elétrico, que tem passado por uma transformação nos últimos dez anos com a introdução de novas tecnologias de geração.

Segundo Rodrigo Sacchi, gerente de Preços da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a partir de simulação feita pela instituição, há expectativa que a nova metodologia contribua para a redução do Encargo de Serviço do Sistema (ESS), este que é gerado pelas térmicas despachadas fora da ordem de mérito. Na simulação feita, com base em junho de 2017, o ESS que foi de R$ 139 milhões seria de R$ 2 milhões com o preço horário.
Contudo, pelas novas regras de governança do setor elétrico, para que uma mudança estrutural seja implementada no mercado, esta precisa ser aprovada com pelo menos 6 meses de antecedência. Isso significa aprovar até julho de 2018. A CPAMP precisa aprovar a nova metodologia a ser utilizada na programação da operação e formação de preço.
Atualmente, o Brasil adota a formação do preço semanal, representado pelo Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), publicado as sextas-feiras pela CCEE.

“Acreditamos que esse é o caminho, sair do preço semanal para o preço horário”, disse Luiz Eduardo Barata, diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS). “A nossa intenção é concluir esse processo o mais rápido possível, para que os agentes possam praticar com antecedência e quando a gente chegar em janeiro de 2019 essa prática estar bem exercitada.”

Pelo cronograma, entre abril e dezembro de 2018, será colocado em operação o “PLD Horário Sombra”. Esse preço será utilizado para testes e adaptação dos agentes, funcionando em paralelo com o PLD semanal oficial, válido para liquidações financeiras do mercado de energia.

Segundo ngela Levino, assessora da presidência da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e coordenadora do Grupo de Trabalho na CPAMP, aprovação da metodologia do preço horário “é a maior prioridade”. Para ela, o maior desafio está relacionado ao rigor do processamento e organização dos dados para serem utilizados na formação do preço.

Fonte: Canal Energia