Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Fabricantes apostam na retomada dos leilões

Fabricantes apostam na retomada dos leilões

Em: 11/12/2017 às 09:37h por

O fim do ano poderá trazer um alento à cadeia de fornecimento de equipamentos para os setores de geração eólica e solar, com a realização de dois importantes leilões de energia nova. Depois de praticamente três anos sem novos projetos, a indústria do segmento de renováveis está confiante em relação à perspectiva de novos negócios, mas teme que a demanda contratada não seja suficiente para abastecer e mitigar a crise enfrentada nos últimos anos, marcados pela capacidade ociosa das fábricas cada vez maior.

O governo realiza, em 18 de dezembro, um leilão do tipo A-4, com entrega de energia prevista para 2021. Nesse caso, os projetos precisarão garantir que há capacidade de escoamento (transmissão) para os projetos. Em 20 de dezembro, será a vez do certame A-6, com entrega para 2023, e sem a exigência da transmissão nesse momento. A expectativa das fontes renováveis está mais voltada para a primeira disputa, enquanto o segundo leilão deve ser protagonizado por grandes projetos de geração termelétrica.

"A indústria realmente está acreditando nesse leilão, acreditando no volume que será contratado, pois já são dois anos sem leilões e oportunidades", disse Jean-Claude Robert, lider da GE Wind para a America Latina. "Precisamos da contratação para dar força à cadeia produtiva", completou.

A indústria vê com otimismo o anúncio de novos leilões com uma certa antecedência, especialmente depois do que acontece no fim de 2016, quando um leilão de energia de reserva (LER) foi cancelado poucos dias antes da data prevista. Agora, além das disputas de dezembro, o governo já aprovou também a realização de um certame do tipo A-4 para 4 de abril de 2018.

O último certame de geração voltado para as fontes renováveis, que aconteceu em 2015, contratou apenas 530 MW médios, sendo 284,8 MW médios em energia solar e outros 246 MW médios em eólicas.
"Isso foi apenas 10% da média que o Brasil vinha contratando em eólicas. Desconsiderando isso, são basicamente três anos sem contratações", disse João Paulo Gualberto da Silva, diretor de novas energias solar e eólica da WEG.

Fonte: Valor Econômico