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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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BNEF: Brasil retoma posição em energia limpa

BNEF: Brasil retoma posição em energia limpa

Em: 01/12/2017 às 13:51h por

O Brasil retornou à primeira posição na América Latina e no Caribe, e ao segundo lugar no ranking geral, ficando apenas atrás da China, devido à consistência do país em seus investimentos em energia limpa, políticas públicas adequadas e aumento do poder de demanda, apesar dos três anos de crise econômica. O País recebeu US$ 125 bilhões de investimentos em plantas de energia limpa nos últimos 10 anos (2007-2016), o segundo maior investimento entre os 71 países do Climatescope, apenas atrás da China.

Segundo o documento, de 2007 a 2016, os países da América Latina e do Caribe receberam mais de US$ 198 bilhões em investimentos em projetos de energia limpa. Entretanto, os investimentos na região caíram em 32%, de US$ 23,2 bilhões, em 2015, para US$ 15,7 bilhões em 2016. Quatro dos 10 países com maior pontuação no Climatescope 2017 são da América Latina (Brasil, México, Chile e Uruguai). Três deles são da Ásia (China, Índia e Vietnã), dois da África (África do Sul e Quênia) e um do Oriente Médio (Jordânia).

A América Latina atraiu o maior e mais estável fluxo de investimento proveniente de investidores estrangeiros, atingindo US$ 3 bilhões por ano, desde 2010. A região se beneficiou do uso de licitações de energia limpa, o que oferece aos investidores maior certeza de retornos a longo prazo.

O forte desempenho geral da América Latina no Climatescope 2017 ocultou variados níveis de atividade entre os países da região. No Brasil, Chile, Honduras, Uruguai e Peru, o investimento em energia renovável diminuiu em 2016 em relação aos níveis de 2015. Por outro lado, recentemente, outros países começaram a se destacar, com destaque para o México, como consequência de uma reforma energética que abriu o mercado para investidores estrangeiros e estabeleceu ambiciosas metas de energia limpa.

Nos objetivos estabelecidos nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), a América Latina e o Caribem forma a única região do Climatescope que, em conjunto, poderia alcançar reduções absolutas de emissões se seus objetivos condicionais forem cumpridos. É também a região onde as energias renováveis ​têm o maior impacto potencial para que os países cumpram suas obrigações. De fato, os países da América Latina e Caribe, em conjunto, podem alcançar seus objetivos incondicionais mitigando as emissões somente do setor elétrico.

Fonte: Paranoá Energia