Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Alta do PIB e previsão de mais chuvas devem impulsionar o mercado livre

Alta do PIB e previsão de mais chuvas devem impulsionar o mercado livr

Em: 29/11/2017 às 13:21h por

A combinação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) com uma melhora na temporada de chuvas poderá elevar, no ano que vem, o total de consumidores no mercado livre de energia.

"Com a melhora do cenário econômico, os consumidores enxergam uma maior vantagem no mercado livre, saindo do cativo", diz o presidente da Comerc Energia, Cristopher Vlavianos. Entre os consumidores do ambiente livre estão prédios comerciais, hospitais, hotéis, supermercados e indústrias. Podem ingressar no mercado livre empresas com contas mensais de energia elétrica a partir de R$ 80 mil, equivalentes a uma demanda contratada igual ou superior a 500 kilowatts (kW).

Segundo ele, nos últimos dois anos houve um movimento atípico de avanço de consumidores em direção ao mercado livre e especial. "Houve um represamento, entre 2012 e 2015, da migração ao mercado livre, como consequência dos efeito da Medida Provisória 579", explica. Com a MP, editada em setembro de 2012, as tarifas às distribuidoras ficaram artificialmente baixas para que não causassem impacto sobre a inflação. Dessa forma, o preço no ambiente cativo (praticado pelas distribuidoras) se manteve atrativo frente ao mercado livre.

Em 2015, porém, o Tesouro Nacional encerrou seus aportes no setor elétrico, resultando no chamado "realismo tarifário" que, diante do fim dos subsídios, provocou uma alta de quase 50% das tarifas no ano - cenário que foi agravado pela falta de chuvas.
Sem subsidiar o custo da energia, o preço no mercado livre ficou entre 20% e 30% inferior ao praticado no cativo.

Dessa forma, após encerrar 2015 com 1.826 consumidores no mercado livre, esse número saltou para 5.097 até setembro deste ano, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Vlavianos descarta uma expansão, em 2018, em uma magnitude semelhante aos dos últimos dois anos, mas ressalta que as condições estão postas para a ampliação, que poderia ficar entre 30% e 50%.
Segundo ele, há a expectativa de que as tarifas no mercado cativo possam subir entre 15% e 20% ano que vem, contribuindo para a migração, já que os preços no mercado livre são contratados com antecedência, a valores previamente negociados a partir de janelas de oportunidade de preços mais baixos.

Fonte: DCI