Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Itaipu descarta impacto de privatização

Itaipu descarta impacto de privatização

Em: 23/11/2017 às 11:41h por

O diretor geral brasileiro da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Vianna, descartou qualquer impacto sobre as operações da companhia diante da privatização da Eletrobras, que está em curso pelo governo federal.
"Da forma como está encaminhando, Itaipu vai ficar abaixo da Eletrobras, com uma cisão", disse o executivo em referência à intenção do governo de manter tanto a Itaipu quanto a Eletronuclear sob o controle do estado, ficando estas empresas de fora da privatização.

"Nosso relacionamento com o operador nacional, a agência reguladora e o sistema elétrico seguirá via Eletrobras", acrescentou, ao reforçar que a Itaipu não fornece energia para as distribuidoras, o que precisa ser feito por meio da Eletrobras. Essa energia abastece as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Além da questão política, Itaipu fica de fora de qualquer negociação envolvendo a Eletrobras pelas características de constituição da empresa, já que a usina é de propriedade tanto do Brasil quanto do Paraguai, cada uma tendo 50% de participação. Pelo Brasil, é controlada pela Eletrobras, enquanto no país vizinho este papel cabe à Ande (empresa paraguaia equivalente).

Marco

Itaipu completou a zero hora e 24 minutos da terça-feira (21) a marca de 2,5 bilhões de megawatts-hora (MWh) de energia acumulada desde o início de sua operação, em maio de 1984. No total, a usina conta com uma capacidade máxima instalada de 14 mil MW. Noano passado, Itaipu atingiu a marca histórica de 103 milhões de MWh. O montante gerado por Itaipu representou 16% do que é consumido no Brasil e 76% do Paraguai.

Nos planos da empresa está o investimento de US$ 500 milhões na modernização tecnológica da hidrelétrica. Já para 2023, está previsto o encerramento da dívida de construção de Itaipu. Cerca de 60% do seu faturamento é destinado à amortização do passivo, que hoje é de cerca de US$ 9 bilhões. Ao fim deste pagamento, a expectativa é de que o empreendimento gere um superávit de US$ 2 bilhões anuais, divididos igualmente entre o Brasil e o Paraguai.

Vianna ressalta que há várias possibilidades em discussão sobre a destinação dos recursos, mas que não existe nenhuma decisão tomada sobre o tema. "Mesmo com o custo da dívida, Itaipu mantém uma tarifa com valores muito competitivos."

Fonte: DCI