Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Risco da falta de energia preocupa associações de consumidores no país

Risco da falta de energia preocupa associações de consumidores no país

Em: 07/03/2014 às 12:41h por G1

Associações dos maiores consumidores de energia do país pediram ao governo para passarem a integrar o comitê de monitoramento do setor. Eles estão preocupados com o risco da falta de energia.

O reservatório de Furnas é um dos mais importantes do Brasil. Integra a chamada caixa d'água do sistema elétrico. Mas choveu pouco e o lago está com apenas 32,6% da capacidade.

Nos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que abastecem 70% do país, fevereiro fechou em 34,63%. Essa semana, subiu um pouco, um nível muito semelhante ao de fevereiro de 2001, ano do racionamento, quando estavam com 33% da capacidade.

Para empresas grandes consumidoras de energia, como siderúrgicas e mineradoras, a atual capacidade dos reservatórios gera apreensão. Elas são responsáveis por 60% de todo o consumo energético das indústrias do país. E em um caso extremo de desabastecimento, podem ter de parar a produção.

Nesta quinta-feira (6), associações de segmentos do setor e consumidores de médio porte, como shoppings, encaminharam uma carta ao ministro de Minas e Energia. Usam os dados do governo para dizer que a situação é delicada. Dizem que esse cenário merece cautela, e que as soluções têm que ser tomadas em conjunto com base técnica. Os empresários querem fazer também parte do comitê de monitoramento do setor elétrico, que avalia todo o sistema.

Atualmente, para poupar a água nos reservatórios, o governo já acionou as usinas termelétricas, movidas a combustíveis como gás natural e óleo diesel. Com isso, a energia começa a ficar mais cara, o que afeta diretamente empresas que precisam comprar grandes quantidades.

O megawatt que custava ano passado R$ 214,54, em fevereiro deste ano foi vendido por quase quatro vezes o valor: R$ 822,83.

Os empresários dizem que, sem diálogo com o governo, não podem programar novos investimentos.

“Uma situação de preocupação. Para quem é tão impactado pelo preço, pela quantidade de energia disponível, pela qualidade da energia disponível, é preocupante. Não é alarmante, mas é preocupante e merece uma investigação com maior profundidade, sem dúvida”, afirma Mario Menel, presidente da Abiape.

No Palácio da Alvorada, o tema foi debatido em reunião fechada entre a presidente Dilma Rousseffe o ministro Edison Lobão. Nenhuma nova medida foi anunciada.