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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Uso de menos água em heliotérmicas aumentará competitividade da tecnologia

Uso de menos água em heliotérmicas aumentará competitividade da tecnol

Em: 09/10/2017 às 13:56h por

Novas tecnologias para evitar resíduos nos espelhos das usinas heliotérmicas e refrigeração do bloco de energia poderão reduzir drasticamente o uso de água. Pesquisadores encaram o desafio da escassez de água, como mostram as últimas descobertas.
A utilização da água é uma questão importante para as usinas de energia heliotérmica que procuram minimizar os custos operacionais, particularmente aquelas situados em áreas desérticas remotas, onde a água é escassa.

Grande parte da capacidade heliotérmica do mundo está sendo instalada em regiões desérticas ou áridas, uma vez que estas áreas fornecem alguns dos níveis mais altos de irradiação normal direta (DNI). Essas plantas exigem que grandes quantidades de água sejam obtidas regularmente para limpar espelhos parabólicos ou espelhos heliostáticos.

A planta de parabólica Shams (que significa “sol” em árabe) de 100 MW em Abu Dhabi, por exemplo, consome cinco milhões de galões de água por ano para limpeza, devido ao ambiente desértico. No Golfo Arábico, o pó pode registrar níveis de umidade de 90% e forma uma camada firme que não pode ser removida somente pela pressão do ar.

Vários grupos de pesquisa estão agora desenvolvendo novas tecnologias para otimizar as estratégias de limpeza e minimizar o consumo de água, melhorando a competitividade das plantas heliotémicas. O CEA, centro francês de pesquisa de energia, está liderando um projeto, o WASCOP, com duração de quatro anos, para desenvolver novas tecnologias de gerenciamento de água para o resfriamento de blocos de potência e limpeza de superfícies dos espelhos do campo solar.
Os pesquisadores visam reduzir o consumo de água das plantas heliotérmicas em 70% a 90% e aumentar a potência das usinas em 2 a 3%. As equipes de projetos estão testando uma série de soluções de resfriamento anti-resíduos, monitoramento de instalações e refrigeração em diversas plantas na Europa e África do Norte.

“Os resultados preliminares no WASCOP estão demonstrando o cumprimento do primeiro objetivo: uma redução de 70% no consumo de água”, disse Itziar Azpitarte, pesquisador do centro tecnológico espanhol IK4-Tekniker, parceiro da WASCOP, à New Energy Update.

Fonte: Ambiente Energia