Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Se não é renovável, que seja eficiente

Se não é renovável, que seja eficiente

Em: 21/08/2017 às 13:55h por

Em 2008, seu primeiro ano de operação, a usina termelétrica Waigaoqiao Número 3, em Shanghai, na China, atingiu uma marca histórica: 287,44 gramas. Essa foi a quantidade média de carvão consumida para gerar 1 kilowatt-hora (kW/h), uma das medidas utilizadas para se avaliar a eficiência da queima desse combustível.
Até então, o melhor resultado era de 289 gramas, obtido na Dinamarca. Em 2011, novo recorde da chinesa: 276,02 gramas, o que a mantém entre as mais eficientes do mundo, diz Yu Xing Chao, diretor do Departamento de Pesquisas da usina, braço da estatal Shenergy Company, controlada pelo governo de Shanghai. Em 2015 (último dado disponível), em razão de variações do mercado e da carga de energia, a taxa ficou em 277,33 gramas, ligeiramente acima da melhor marca.

Se o carvão e outros combustíveis fósseis não se encaixam nas definições de fontes renováveis ou energias limpas, cabe buscar a maior eficiência possível na sua queima. Yu afirma que a usina, com duas unidades ultra-supercríticas de 1.000 MW cada, funciona hoje com níveis melhores de consumo de combustível e emissão de gases do que os planejados durante sua construção. As obras começaram em 2005 e receberam investimentos de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 3,8 bilhões) ao longo de três anos.

Yu diz que 2011, quando a usina atingiu sua melhor marca, foi o ano em que o governo chinês lançou um pacote de diretrizes para proteção ambiental que elevou a pressão sobre as térmicas. Em 2014, outra exigência: as usinas que utilizam carvão foram submetidas a um novo padrão para emissão de gases e partículas, mais rígido que os adotados em outros países, segundo o executivo.
  
Fonte: DCI