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Com novo sócio e mais enxuta, Renova vislumbra nova fase

Com novo sócio e mais enxuta, Renova vislumbra nova fase

Em: 21/08/2017 às 13:54h por

Depois de uma reestruturação que reduziu a empresa a menos da metade do que era antes, a Renova Energia, braço de energia renovável da Cemig e da Light, se prepara para uma nova fase, com a entrada de um sócio estratégico. Diferentemente do que aconteceu há três anos, o processo agora não tem as complicações do acordo firmado com a SunEdison em 2014 e que quase quebrou a companhia de energia renovável. A gestora canadense Brookfield, empresa reconhecida no mundo pela sua atuação no setor, está muito próxima de substituir a estatal mineira Cemig no controle da Renova.

A canadense assinou acordo de exclusividade com a Renova em meados de julho, com duração de 60 dias, e está realizando diligências na empresa.

"Fizemos o dever de casa e preparamos a base e os pilares para que a recuperação da Renova aconteça. A companhia está preparada e estamos neste momento no processo de captação de um sócio estratégico. Eu diria que, de forma pragmática, esse novo ciclo de crescimento acontecerá a partir do momento em que tenhamos o ingresso de um novo sócio na companhia", disse, ao Valor, o presidente da Renova, Carlos Figueiredo.

A Brookfield também negocia a compra da fatia de 16% que a Light tem na Renova. Com a capitalização, a tendência é que a Cemig também deixe o controle da companhia. Com um novo sócio capitalizado, a Renova se prepara para voltar a crescer.

Em 2014, a Renova deu um grande passo ao fechar um acordo com a SunEdison para o desenvolvimento de projetos de energia solar no país. Em meados de 2015, a parceria se expandiu, e a empresa renovável acertou a transferência de toda sua carteira de 2,2 gigawatts (GW) de potência vendidos em leilão para a TerraForm Global, que iria abrir capital nos Estados Unidos. O negócio envolvia cerca de R$ 13,4 bilhões.
O problema é que o pagamento seria em ações da Terraform Global e da SunEdison, que perderam consideravelmente valor desde então. No fim de 2015, o negócio foi desfeito, e a Renova ficou sem condições de se financiar, dependendo de aportes das sócias Cemig e Light, principalmente.

"A Renova se viu nesse ponto de inflexão, com um plano de investimentos bastante elevado e condições macroeconômicas adversas", disse Figueiredo. A companhia revisou seu plano de negócios, e conseguiu descontratar cerca de 1,1 GW de capacidade por meio de negociações bilaterais e também pelo Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD). "Foi um marco importante, porque reduziu a pressão de investimentos da companhia e favoreceu nossa liquidez", disse.

Fonte: Valor Econômico