Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O Brasil é incrível no aspecto energético, e devemos caminhar para a nossa sustentabilidade. A afirmação foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Alvaro Prata, durante o seminário “O Mundo, o Brasil e as energias renováveis: eólica e solar”. A declaração do secretário foi reforçada pelos palestrantes durante o evento. De acordo com dados apresentados por eles, o Brasil é hoje a 9ª economia mundial em capacidade de geração de energia eólica.
“Ultrapassamos a Itália no ano passado. Somos o quinto país que mais investiu em energia eólica no ano passado, cerca de R$ 18 bilhões. O Brasil tem o melhor vento do mundo para produção de energia eólica, segundo especialistas do setor”, afirmou a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum.
Ela acrescentou que a capacidade do país “é altíssima” e acima da média mundial. “O Brasil figura como o terceiro país mais atrativo em investimentos no setor de fontes renováveis, sendo a eólica a principal protagonista. Hoje, o país tem 11,6 gigawatts de capacidade instalada. Somos uma usina de Belo Monte em capacidade e em geração de energia. A diferença é que essa usina está espalhada pelo Nordeste brasileiro e demais regiões do país”, disse.
Bons ventos e muito sol
Segundo Gannoum, a média de aproveitamento da matriz eólica em países desenvolvidos fica em torno de 23%, enquanto, no Brasil, é de 38%. “Mas também chegamos à situação excepcional muito acima dessa média”, afirmou o secretário Prata, referindo-se à capacidade eólica de estados brasileiros, como o Piauí. “Lá, o aproveitamento da energia eólica é de 70%, ou seja, a perda é de apenas 30%. Na Europa, a eficiência do aproveitamento fica em torno dos 30%. É muito difícil conseguir aproveitar porcentagem tão alta de uma energia que vem para nós de graça. O vento está aí.”
O vento e o sol. De graça ou quase de graça. O presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, apresentou dados que comprovam a redução dos valores cobrados pela comercialização da energia solar fotovoltaica em alguns países, que podem chegar a US$ 30 o megawatt/hora. “Isso é mais barato que o carvão mineral, considerado custo mais baixo do mundo.
Especialistas apontam que essa fonte será, a partir de 2030, uma das mais baratas para geração de energia elétrica do planeta e vai ser tornar fonte do nosso cotidiano”, explicou.Segundo ele, o uso das energias renováveis é uma oportunidade econômica. “As fontes renováveis já geram por volta de 10 milhões de empregos de qualidade no mundo. A energia solar sozinha é responsável por mais de 3 milhões de empregos no planeta. Esse é um potencial que nosso país precisa aproveitar. São empregos de qualidade, majoritariamente, de nível técnico e superior com salários acima da média nacional. O volume de empregos gerados pela fonte fotovoltaica é significativo: na faixa de 25 a 30 empregos diretos por megawatts instalado, o que faz dessa fonte uma locomotiva da geração de empregos”, observou.
Fonte: Ambiente energia
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