Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
O setor elétrico está em compasso de espera. Depois da natural expectativa em relação à oficialização da proposta básica elaborada pelo Ministério de Minas e Energia, visando à montagem de um novo modelo, os diversos segmentos do setor, agora, estão discutindo a questão internamente. Assim, esperam que possam ser aparadas eventuais arestas, inclusive com outras áreas, que possam prejudicar o andamento do projeto de arcabouço legal que vai regular a área de energia elétrica.
Mário Menel, presidente do Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase), praticamente está sem espaços na sua agenda de trabalho. O seu objetivo é fazer com que as situações que estejam pendentes entre os segmentos desapareçam ao máximo, para permitir que o novo modelo chegue rapidamente ao Congresso Nacional e vire lei.
Ele explicou que, como dirigente do Fase (também preside a associação dos autoprodutores, a Abiape), reuniu-se, nos últimos dias, com o secretário de Mineração e Energia do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles; e os presidentes da Cesp, Mauro Jardim Arce; da Emae, Luiz Carlos Ciocchi; da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, juntamente com o presidente da Câmara de energia da Federação; e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso.
Menel informou ao site “Paranoá Energia” que das conversas com estes e outros dirigentes do setor elétrico, inclusive de várias associações empresariais, tem sido possível identificar algumas dificuldades no caminho do novo modelo.
A primeira delas diz respeito ao fato que muitas questões só serão resolvidas mediante a edição posterior de atos infra-legais. Nesse contexto, muitos dirigentes temem que o SEB poderia estar oferecendo um cheque em branco ao Governo, o que é algo que tradicionalmente não anima qualquer área empresarial.
Os agentes depositam muita confiança nos atuais executivos que tocam o MME e assinar um cheque em branco, a princípio, não seria um problema insolúvel. A dúvida, porém, reside na hipótese de uma eventual troca de equipe e na entrega de um cheque não preenchido para especialistas com os quais não existe suficiente identificação.
Simultaneamente, existe a consciência que o tempo para assimilar todas as mudanças é relativamente curto, devido à necessidade de se aproveitar uma janela de oportunidade que existe em relação ao Congresso Nacional, considerando que, em 2018, os senadores e deputados federais estarão envolvidos até ao pescoço numa dura eleição.
Fonte: Paranoá Energia
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