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Fonte eólica ganha modelo de previsão de geração com mais de 90% de acerto

Fonte eólica ganha modelo de previsão de geração com mais de 90% de ac

Em: 07/08/2017 às 14:05h por

O país começou a contar oficialmente com um modelo de previsão de energia eólica que promete estabelecer maior acurácia na projeção da produção da fonte originária dos ventos, auxiliando assim na operação do sistema ao passo que a fonte vê a elevação de sua capacidade instalada. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica, a assertividade da projeção desse modelo está acima de 90% para o horizonte do dia seguinte após cerca de três meses de testes.

O modelo é o resultado de uma parceira entre a Associação Brasileira de Energia Eólica, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico. A formalização da entrega do sistema ocorreu no último dia 2, em São Paulo. Entre suas características está a de ser um modelo único, de código aberto e, portanto, de domínio público.
“O modelo representa um avanço muito importante para o setor. Atualmente temos o modelo de previsão de vazões no sistema cujo código não é aberto e que alimenta o Newave. Agora a eólica também tem um modelo de previsões e isso é um avanço porque cada vez mais aumenta a participação na geração e a relevância na matriz como um todo. Principalmente no submercado Nordeste região na qual já chega a responder por até 50% da carga”, afirmou a presidente executiva da entidade, Élbia Gannoum à Agência CanalEnergia.

Ela conta que há cerca de um ano formou-se um grupo com o objetivo de estudar o modelo. O Operador, continuou a representante, já havia formado convênios com países da Europa com forte presença da eólica para desenvolver o seu expertise com a fonte que começava a se desenvolver de forma mais significativa por aqui. E hoje há visão do operador de que eólica é variável e não intermitente.

“No médio prazo a eólica acaba sendo mais previsível que a hídrica. De um dia para o outro ainda apresenta uma variação maior. Esse modelo consegue aproximar a geração e o planejamento com uma acurácia acima de 90% para o dia seguinte”, revelou.

O modelo apresentado e disponibilizado foi discutido previamente em diversos fóruns e havia sido introduzido inicialmente em dois Workshops com agentes, sendo o último no início de março no ONS. Mas, lembrou Élbia, o modelo já veio sendo testado ao passo que era desenvolvido. Há pelo menos três meses de testes realizados que levaram à conclusão apontada pela executiva. “O modelo entregue pelo ONS é um marco do setor porque deixa claro que a inserção de mais eólicas em nossa matriz não só é possível de ser feita com segurança, como também com uma previsibilidade cada vez maior. É um modelo que representa a maturidade e consolidação da eólica”, explicou.

Fonte: Canal Energia