Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Engie considera aquisições de ativos de geração para crescer

Engie considera aquisições de ativos de geração para crescer

Em: 28/07/2017 às 13:14h por

A Engie Brasil Energia (antiga Tractebel Energia), braço do grupo franco-belga Engie no Brasil e maior geradora privada do país, planeja participar dos leilões de venda de hidrelétricas da Eletrobras e da Cemig, afirmou o diretor-presidente da companhia, Eduardo Sattamini, ao Valor. A empresa, acrescentou o executivo, também olha oportunidades de fusões e aquisições no setor de geração, "que podem ser concretizadas até o fim do ano".
"Vamos partir para uma jornada de crescimento. Vamos entrar no próximo leilão de transmissão [da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), previsto para o fim do ano] e estamos olhando com carinho a privatização de usinas da Eletrobras e oportunidades de M&As (fusões e aquisições) que estamos pesquisando e que podem ser concretizadas até o fim do ano", disse Sattamini, em entrevista exclusiva ao Valor.
A privatização de parte das hidrelétricas da Eletrobras, em uma soma de 14 gigawatts (GW), está prevista na proposta de reforma setorial lançada no início deste mês pelo ministério de Minas e Energia. Sattamini explicou que a companhia também poderá disputar o leilão de concessão de usinas existentes, entre elas quatro hidrelétricas da Cemig (São Simão, Miranda, Jaguara e Volta Grande).
A origem da Engie no Brasil veio de processo semelhante. A companhia arrematou na década de 1990 os ativos de geração da Eletrosul, subsidiária da Eletrobras. Hoje, a companhia possui um parque gerador de 8.790 megawatts (MW) no país.
O leilão das usinas da Cemig, porém, ainda depende de um desfecho no Supremo Tribunal Federal sobre a disputa entre a estatal mineira, que entende ter direito à renovação automática da concessão das hidrelétricas, e a União, que pretende licitá-las para atingir a meta de resultado fiscal deste ano.
Sattamini explicou que a companhia possui baixo nível de endividamento, o que dá espaço para crescer em novos projetos. O nível de endividamento da companhia, medido pela dívida líquida sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é de apenas 0,4 vez. A dívida líquida atual da companhia é de R$ 1,510 bilhão.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 491 milhões no segundo trimestre, com alta de 49,4% em relação a igual período do ano passado. Na mesma comparação, a receita líquida cresceu 7,1%, para e R$ 1,68 bilhão e o Ebitda avançou 13,8%, somando R$ 856 milhões.
Fonte: Valor Econômico