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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Energia solar avança no Estado de São Paulo

Energia solar avança no Estado de São Paulo

Em: 27/07/2017 às 14:01h por

Um dos destaques do último relatório “Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo” da Fundação Seade sobre os anúncios de investimentos de 2016 foi a aplicação de recursos financeiros em empreendimentos relacionados à energia solar, especialmente à geração fotovoltaica distribuída, no Estado. Inversões desse tipo também constam em anúncios captados no início de 2017.

Entre os projetos apontados pela pesquisa está a implantação, pela CPFL Energia, de sistemas solares fotovoltaicos no município de Campinas, envolvendo 200 unidades residenciais, o data center da Algar Tech e o hospital do Centro Infantil Boldrini. A empresa anunciou, ainda, a instalação de usina fotovoltaica no campus universitário da Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, em Lins. Já a Enel instalou a maior usina em telhado do Brasil, com duas mil placas solares, em Osasco, na nova sede do Mercado Livre, um dos líderes em comércio eletrônico na América Latina.

Outros investimentos destinaram-se às indústrias do setor, como a construção de fábricas de painéis solares em Campinas, pela BYD, Schutten We Brazil e DYA Solar; em Valinhos, pela Globo Brasil; e em Sorocaba, pela Flextronics, em parceria com Canadian Solar. Acrescente-se a unidade de produção de inversores em Sorocaba, pela ABB, e a de reatores elétricos em Itu, pela Trafotek.

A geração distribuída (GD) vem se consolidando no mundo como forma inteligente de produzir eletricidade. Essa expressão é usada para designar a geração elétrica realizada junto ou próxima do(s) consumidor(es), independentemente da potência, tecnologia e fonte de energia. Esse tipo de produção diminui os custos da energia para o onsumidor, proporciona maior segurança no fornecimento, evita perdas em linhas de transmissão, não causa impactos ambientais e ainda contribui para a redução de emissão de gases com efeito estufa e a diversificação da matriz energética.

Os dados do mercado de GD, divulgados no site da Aneel, mostram que, entre janeiro de 2012 e junho de 2017, foram registradas no país 12.237 unidades de GD, que somam potência instalada de 139,1 MW. A quase totalidade dessas geradoras de pequeno porte (12.115) é do tipo solar fotovoltaica (UFV), 54 são termelétricas (UTE), 52 eólicas (EOL) e 16 centrais geradoras hidrelétricas (CGH).

Cerca de 42% das unidades fotovoltaicas (UFVs) dividem-se entre os estados de Minas Gerais e São Paulo. Os 58% restantes (7.015) distribuem-se em outras 23 UFs. Desde dezembro de 2015, o maior avanço nas conexões fotovoltaicas ocorreu no Estado de São Paulo, com um crescimento superior a12 vezes, passando de 200 para 2.496 unidades. Embora o Estado ainda ocupe a segunda colocação no período total analisado, o número de ligações registradas somente no primeiro semestre de 2017 (1.105) ultrapassou o do líder mineiro (988).

Entre os municípios paulistas, Campinas apresentou o maior número de conexões, com 16,7% do total do Estado (417), vindo, a seguir, São Paulo (195), São José do Rio Preto (86), Ribeirão Preto (62), Moji-Mirim (55), Bauru (50), Indaiatuba (49), Sorocaba (46) e Valinhos (40). Também constam UFVs em mais 263 cidades. Cabe ressaltar que Lins foi a 48ª colocada em número de unidades consumidoras, mas a terceira em potência instalada, situando-se abaixo apenas de Campinas e São Paulo, graças à usina do campus da FPTE (459 kW), um dos já citados destaques da Piesp 2016.

Fonte: Revista Meio Filtrante