Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

Notícias

Recuperação judicial descartada

Recuperação judicial descartada

Em: 02/04/2012 às 11:19h por Folha do Estado

img

A distribuidora de energia de Mato Grosso não está sob risco de um pedido de recuperação judicial, como a Centrais Elétricas do Pará (Celpa). A informação é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a assessoria do órgão, o diretor-geral da Agência, Nelson Hübner, ao comentar o alto endividamento da empresa mato-grossense disse apenas que foi solicitado ao grupo Rede, do qual a Cemat é integrante, um plano para sanear os problemas financeiros, mas sem participação da Justiça. Os comentários sobre dívidas elevadas de companhias do setor foram feitos pelo diretor-geral da Aneel durante entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, anteontem.

Segundo Hubner, além da Celpa, que passa por um pedido de recuperação judicial, a Cemat e a distribuidora Bragantina, que presta o serviço no interior do Estado de São Paulo, enfrentam dificuldades. A assessoria de imprensa do grupo Rede, em São Paulo, disse que a empresa não foi notificada oficialmente do pedido anunciado pelo diretor da Aneel. Ainda, segundo a assessoria, a situação da Celpa veio para salvaguardar todas as distribuidoras do grupo e evitar futuros planos de recuperação na Justiça.

A assessoria da Cemat, em Mato Grosso, informou que todas as questões relacionadas a endividamento serão tratadas pelo grupo, em São Paulo. O grupo, por meio da assessoria, afirmou que não teria ontem como precisar o valor da dívida da Cemat. A distribuidora possui cerca de 1,1 milhão de clientes no Estado e foi privatizada em 1997. A Celpa, por sua vez, soma dívidas superiores a R$ 2 bilhões e acumula um histórico de não cumprimento das metas de qualidade de serviço impostas pela Aneel.

MT PUXA CONSUMO
O consumo nacional de energia elétrica cresceu 4,1% em fevereiro, em comparação com fevereiro de 2011, e 3,8% no período de 11 meses. Os dados foram divulgados ontem pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A alta do consumo foi puxada pela indústria e pelo comércio, com aumento de 4,5% em cada setor.

O consumo residencial cresceu um pouco menos, 2,8%. De acordo com a análise da EPE, o consumo industrial indica "início de recuperação da indústria" e foi mais expressivo nas regiões Norte (14,9%) e Centro-Oeste (22,8%), "pela produção de novas indústrias recentemente instaladas, que contribuíram para o aquecimento das atividades do setor de extração mineral nos estados de Goiás, Mato Grosso e do Pará".