Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
Setor industrial mato-grossense puxou o consumo de energia em fevereiro encerrando o período com crescimento de 17,4% em relação a igual mês de 2011. Segundo resenha mensal divulgada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta sexta-feira (30), a recuperação do segmento, sobretudo no subsetor mineral, fez com que a demanda energética subisse no Estado, se destacando no Centro-Oeste. Também no mês passado, Mato Grosso respondeu por 22% do consumo total de energia elétrica na região.
No país, o consumo avançou 4,1% no segundo mês do ano, influenciado pelas indústrias e pelo comércio, com expansão de 4,5% em cada classe. A demanda residencial cresceu pouco, 2,8%, na mesma base de comparação. Na análise do economista José Manuel Marta, especialista em energia, esse indicador de crescimento é um dos melhores e retratam o desenvolvimento econômico do Estado.
Afirma que os extratos de consumo divulgados periodicamente possibilitam o acompanhamento do ritmo das indústrias. "Certamente a entrada em operação de diversas empresas industriais que utilizam matérias-primas regionais permitem esse crescimento. Isso é importante pois substitui-se o consumo de combustíveis pela eletricidade".
Presidente do Conselho Tributário da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, afirma que outros indicadores devem ser levados em consideração na análise do desenvolvimento do segmento industrial, que resultam na maior demanda de energia. "Geração de empregos e renda e a verticalização da produção estadual são fatores que devem ser considerados e que influenciam diretamente no consumo energético das unidades", diz ao ressaltar que os setores que se destacam atualmente são o de alimentos e bebidas.
Outro subsetor industrial que está em plena recuperação e expansão em Mato Grosso é o mineral e madeireiro. Conforme Oliveira, os preços dessas commodities estão em alta e não há indicativos de baixa nos valores nos próximos meses, o que anima as indústrias a aumentarem a produção e até vislumbrarem exportações.
Balanço 2011 - Ainda segundo a resenha divulgada pela EPE, o consumo de energia elétrica em Mato Grosso cresceu 8,5% no ano passado em relação a 2010, passando de cerca de 5,8 mil GWh para 6,276 mil GWh. As indústrias foram as que mais demandaram o serviço, somando 1,847 mil GWh em 2011, alta de 13,3% em relação ao ano anterior. Em segundo lugar, aparece o consumo residencial com 1,772 mil GWh e evolução de 3,9%, seguido pelo comercial que teve aumento de 9,2%, pontuando consumo de 1.256 mil GWh.
Rede Energia - Grupo Rede Energia negou nesta sexta-feira (30) que tenha recebido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificação solicitando um plano de recuperação para a Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat) e para a concessionária Bragantina, que atua em São Paulo e Minas Gerais. Segundo informações repassadas pela assessoria de imprensa do grupo, somente a Celpa, que opera no Pará, está em recuperação, cujo pedido foi deferido há um mês, restando ainda cerca de 30 dias para que o Plano de Recuperação seja apresentado à Justiça.
Ainda conforme a assessoria, o pedido de recuperação da Celpa seria justamente para não comprometer o caixa das outras distribuidoras de energia pertencentes ao Grupo e que somam 9 unidades. O passivo da Celpa não foi divulgado, mas estima-se que supere R$ 2 bilhões.
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