Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Neoenergia prioriza conclusão de projetos

Neoenergia prioriza conclusão de projetos

Em: 24/02/2017 às 14:11h por

A Neoenergia, controlada pela espanhola Iberdrola (39%), a Previ (49,01%) e o Banco do Brasil (11,99%), vai se concentrar em 2017 na finalização de obras de geração e pretende manter, ou até aumentar ligeiramente, o patamar de investimentos em distribuição, que alcançou R$ 2,3 bilhões no ano passado. Para fazer frente aos investimentos em 2017, a companhia planeja fazer captações junto ao BNDES e outros bancos e avalia a possibilidade de vender ativos.

"[O investimento em 2017] Vai ser mais ou menos em linha com o de 2016, quando investimos R$ 3,8 bilhões. Na distribuição, investimos R$ 2,3 bilhões. Na distribuição, certamente vamos continuar com este nível de investimentos, até maior um pouco", afirmou Solange Ribeiro, presidente da Neoenergia, ao Valor.

Com relação à geração, a companhia mantém planos de investir em novos projetos em longo prazo, mas neste momento o foco é finalizar obras em andamento, como Belo Monte (PA), de 11.233 megawatts (MW) de capacidade, no Pará, do qual o grupo possui 10%, e Baixo Iguaçu (PR) de 350 MW em que a empresa tem 70%.

Devido ao robusto programa de investimentos em curso, a Neoenergia estuda captações e venda de ativos, como o pacote de dez eólicas, em um total de 288 MW, para a Elektro Renováveis do Brasil, empresa da Iberdrola, por R$ 317 milhões, anunciada ontem.

"Vamos precisar captar mais, porque só a geração de caixa não resolve os investimentos. Vamos buscar alternativas de sempre, BNDES, bancos, e analisamos até alternativamente desinvestimentos específicos possíveis, buscando desalavancagem", explicou ela.

Em distribuição, principal área de negócio e que respondeu por mais de 80% dos R$ 14,8 bilhões de faturamento do grupo em 2016, a Neoenergia prevê crescimento modesto de mercado em 2017. No ano passado, o grupo, que possui três distribuidoras - Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN) - registrou aumento de 1,9% do volume de energia distribuída, totalizando 38.542 gigawatts-hora (GWh), enquanto as médias de mercado brasileiro e do Nordeste recuaram 0,9% e 0,3%, respectivamente.

Fonte: Valor Econômico