Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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A geração de caixa das operações da Eletrobras vai crescer em R$ 3,1 bilhões nos próximos oito anos, de acordo com estimativas da Moody's. Segundo a classificadora de riscos, o aumento no fluxo de caixa será "material", se comparado com a geração de caixa das operações da empresa no último ano, de R$ 2,6 bilhões.
Em relatório publicado ontem, a Moody's explica que o salto na geração de caixa ocorrerá considerando o efeito líquido de R$ 17 bilhões de ganhos no resultado da Eletrobras no segundo trimestre. O efeito foi provocado pelo reconhecimento das bilionárias indenizações por investimentos não amortizados em ativos antigos de transmissão que tiveram a concessão renovada. A remuneração das indenizações ocorrerá por oito anos, a partir de julho de 2017.
De acordo com a Moody's, o ganho líquido de R$ 17 bilhões se deve a um reconhecimento bruto de R$ 33,8 bilhões em indenizações, menos o valor de R$ 7,9 bilhões que já estava reconhecido no balanço e R$ 8,8 bilhões em descontos de impostos.
A Moody's lembra que esses valores são relativos às indenizações referentes a Furnas, Chesf e Eletrosul. Ainda falta ser homologada, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a indenização para os ativos da Eletronorte, cujo pleito da elétrica é da ordem de R$ 2,9 bilhões. "Entendemos que o valor final não será materialmente diferente do pedido originalmente pela empresa", informou a classificadora de riscos, no relatório, acrescentando que espera que o processo da Eletronorte seja concluído nos próximos dois meses.
A Moody's destacou que o sistema de transmissão do grupo Eletrobras soma 69,1 mil quilômetros, ou cerca de 50% de todo a rede de alta tensão do Brasil. A estatal também possui um parque gerador de cerca de 46 gigawatts (GW), ou 32% do total do país. E, na área de distribuição, a Eletrobras forneceu 17,1 gigawatts-hora em 2015, o equivalente a 4% do total de energia suprida pelas distribuidoras brasileiras no ano passado.
Fonte: Valor Econômico
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