Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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A dificuldade do grupo Atiaia Energia em viabilizar projetos de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) no ambiente regulado, foi responsável pela entrada do grupo no mercado de comercialização. A Atiaia Comercializadora começou suas atividades neste mês de abril e prospecta clientes, inicialmente, com foco na região Norte/Nordeste para viabilizar os 200MW de novos empreendimentos do portfólio.
“O que nós percebemos no começo de 2012 foi que a única alternativa para os nossos novos projetos era a de comercializar a energia no mercado livre. Até então, a criação das comercializadoras tinha o foco na dificuldade em encontrar PPAs (contratos de venda de energia) no mercado regulado”, explicou o diretor executivo, Romero Rêgo.
No entanto, as mudanças regulatórias iniciadas em setembro - como a Medida Provisória 579, a Portaria 455 e a Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nº3 – mudaram a motivação dos idealizadores, visto que a maioria do mercado estava voltado para contratos de curto prazo.
“Nosso foco é lastrear projetos de longo prazo. A gente entende que agora, mais que nunca, é um grande risco para o consumidor ficar exposto ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) para comprar energia. E o baixo PLD na casa de R$20 a R$30 que vimos no passado, não volta mais em função dessas mudanças regulatórios”, explica o diretor.
Além da comercialização, a empresa terá como diferenciais a prestação de outros serviços como consultoria técnica às instalações dos clientes visando a migração para este novo mercado, gerenciamento e contabilização de energia, comercialização de sobras e faltas de energia, emissão de relatórios de gestão e disponibilização de dados de medição.
“Não estamos indo atrás dos clientes que já estão no mercado livre, mas de clientes novos, fazendo a migração por intermédio dos nossos projetos. Queremos estruturar soluções que gerem economia, não estamos aqui para especular. Queremos construir um portfólio de geração e comercialização, e essa segurança para quem vai comprar energia é muito importante”.
A comercializadora também acredita em um ambiente de consolidação das pequenas empresas que operam no mercado, colocando-se aberta para adquirir a carteira de clientes dessas empresas. Também está no horizonte a migração da operação dos 150MW que a Atiaia Energia possui no regulado para o mercado livre, na medida em que eles forem descontratados.
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