Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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A "liquidação" do setor elétrico

Em: 21/09/2012 às 10:13h por Por Mikio Kawai Jr - Jornal A Gazeta

Os termos "liquidação", "desconto" ou "queda nos preços" sempre geram uma comoção universal. A reação não foi diferente com o pacote de cortes nos encargos setoriais de até 10,8% no que é pago pelo uso do sistema de transmissão e distribuição da energia elétrica, anunciado na primeira semana deste mês pela presidente Dilma Rousseff, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia.

No Brasil, o contribuinte paga um valor composto pelo preço da energia, somado aos encargos e tributos setoriais, decorrentes do uso da rede de fios para que o serviço chegue até as residências ou empresas. O Governo Federal reduzirá os seguintes tributos: CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), usado para custear o combustível usado por usinas termelétricas; RGR (Reserva Global da Reversão), que tem a finalidade financiar a expansão e melhoria dos serviços de energia elétrica; e CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), utilizado para subsidiar as tarifas de energia de consumidores de baixa renda, e o programa Luz para Todos.

É importante salientar que, a "navalha" do Governo, também respinga no Mercado Livre de energia (quando empresas de grande tensão energética podem escolher os fornecedores do serviço), hoje responsável por 55% do PIB Nacional.

Imagine dois modelos de residências: em uma, instalamos duas geladeiras, dois televisores e um chuveiro, enquanto, em outra, colocaremos apenas um equipamento de cada utensílio listado. Agora, visualize esse cenário como sendo o Mercado Cativo e o Livre, respectivamente. Se for proposto um racionamento de energia, para qual das duas casas será mais fácil?

O mesmo se aplica com as medidas anunciadas. Os encargos serão reduzidos em ambos os mercados, mas, quem já vende energia a um preço muito inferior, por exemplo, o Mercado Livre, terá que reduzir ainda mais o custo para competir e restaurar a isonomia entre essas duas vertentes. Com isso, esses consumidores de alta tensão, que já compram energia mais barato, continuarão negociando as melhores condições, prazos e preços no momento de escolher o fornecedor e a fonte energética, podendo ser hidrelétrica, biomassa, eólica, entre outras.

* Mikio Kawai Jr. é economista pela FEA-USP (1995), mestre em economia pela Unicamp (1999 - dissertação sobre gestão de riscos) e Advanced Executive Management pela IESE Business School (Espanha 2011). Iniciou a carreira no mercado financeiro em bancos de investimentos, tanto nacional como estrangeiro, migrou para o mercado de energia na sua genese, em 1998, tendo trabalhado na CPFL Energia ate 2004, atuou como gerente de suprimento de energia na AES Brasil, gerente de operações na Openlink (Nova York e SP). Desde 2008 ocupa o cargo de diretor executivo do Grupo Safira.


Sobre a Safira Energia
A Safira é um grupo de capital nacional, que reúne profissionais especializados e experientes no setor elétrico. Agente de comercialização homologado pela ANEEL e CCEE, é apta a negociar energia incentivada e convencional. Além disso, atua como consultora e prestadora de serviços de consultoria e gestão para agentes do mercado.

Com taxa de crescimento dos montantes negociados em torno de 30% ao ano, a expectativa de faturamento da empresa para 2012 é de R$ 250 milhões. Para isso, sua estratégia passa pela ampliação do número de clientes atendidos pela comercializadora e consultoria em energia, bem como o aumento dos montantes negociados no mercado.

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