Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Consumo de energia bate recorde em abril, afirma EPE

Em: 02/06/2022 às 09:54h por Canal Energia

Demanda de 43.123 GWh representou acréscimo de 1,2%, puxado pelo comércios

 



O consumo de energia elétrica atingiu 43.123 GWh em abril, maior valor para o mês em toda a série histórica da EPE, desde 2004, mostra a última Resenha Mensal. Na comparação interanual o avanço é de 1,2%, com a classe comercial superando a retração nas residências e a indústria subindo na margem. Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre computou alta de 6,3%, enquanto o cativo retraiu 1,7%. No acumulado em 12 meses são 502.938 GWh aferidos, aumento de 3,4% em relação ao período imediatamente anterior.

Apesar do incremento de apenas 0,4%, a classe industrial obteve o maior consumo para abril desde 2013, com 15.266 GWh. A região Centro-Oeste teve o maior aumento, de 4,1%, seguido por Nordeste (1,9%), Sudeste (1,3%). Já o Sul e Norte retraíram em 0,6% e 7,2%, respectivamente, este último impactado pela redução de 25% na produção da maior unidade de alumínio primário do país, no Pará, por um incidente interno na distribuição de energia da fábrica.

Entre os dez segmentos mais eletrointensivos produtos alimentícios liderou a demanda pelo quarto mês consecutivo, com crescimento de 4,8% impulsionado pelas regiões Sudeste e Sul. Já o setor têxtil recuou em 5,2%, seguido pelo automotivo em taxa semelhante e que ainda sofre com a crise dos semicondutores.

Nos comércios o consumo de eletricidade avançou 12,9% em comparação a abril de 2021, atingindo 8.224 GWh. Além da diminuição dos impactos da pandemia, o efeito base do ano passado, aliado ao bom comportamento do setor puxaram o desempenho da classe no mês.

O Sudeste liderou o crescimento, com 16,8%, seguida pelo Centro-Oeste (14,1%), Nordeste (9,5%), Norte (9%) e Sul (5,3%). Minas Gerais (27%), Goiás (21,8%) e Espírito Santo (21,1%) foram os estados que mais se destacaram. Em contrapartida Amapá, Maranhão e Mato Grosso do Sul foram os únicos a reduzirem a demanda, respectivamente em 13,4%, 10,8% e 1,1%.

Na classe residencial o consumo caiu 3,6% em abril, registrando o valor de 12.880 GWh. A redução do ciclo de faturamento de algumas distribuidoras e o clima mais chuvoso em algumas regiões influenciaram resultado. Outro fator foi a mudança de comportamento do consumidor a partir da mudança de bandeira tarifária de escassez hídrica para a verde em abril. Todas as regiões anotaram retração, as maiores de 7,8% no Sul e 5,4% no Nordeste.