Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso
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O total de energia disponibilizada no Brasil ao longo do ano passado totalizou 301,5 megatoneladas equivalentes de petróleo (Mtep), registrando avanço de 4,5% em relação ao ano anterior e superando o patamar pré-pandemia, quando a oferta interna chegou a 294,0 Mtep. Os dados integram a nova edição do relatório síntese do Balanço Energético Nacional (BEN), publicado pela EPE na última terça-feira, 31 de maio.
No caso da energia elétrica foi verificado crescimento de 3,9% em relação a 2020, totalizando 679,2 TWh. O principal destaque foi o avanço de 46,2% na geração a gás natural, fonte acionada para compensar efeitos da severa escassez hídrica de 2021. Nesse contexto, a oferta de geração hidráulica reduziu 8,5%, acompanhando a queda de 6,5% na importação, cuja principal origem é Itaipu.
Outra queda no período associada à falta d’água nos reservatórios e acionamento termelétrico foi a da biomassa da cana-de-açúcar. Por outro lado houve avanço estrutural de outras fontes, como eólica e solar, que subiram suas produções em 26,7% e 56%. Nesse contexto a participação de renováveis na matriz atingiu 44,7% do total, redução conjuntural em relação aos 48,5% de 2020, mas um avanço em relação aos 39,5% observados em 2014, ano também impactado por escassez hídrica.
Do consumo total energético em 2021, cerca de 20% se deram na forma de eletricidade. Especificamente sobre a matriz elétrica, as fontes consideradas limpas representaram 78,1% do total, uma redução conjuntural e relação aos 83,8% de 2020, mas um avanço em relação aos 74,7% observados há oito anos.
Transporte e indústria representam quase 2/3
Outro destaque do BEN foi o setor de transportes e a indústria, que representaram 32,5% 32,3% do consumo total no país. Edificações, setor energético, agropecuária, serviços e uso não energético também são apresentados no relatório.
O segmento industrial contou com acréscimo de 3 milhões de tep em valores absolutos, com aumento de 11,8% do uso de carvão mineral em relação a 2020, devido ao aumento na produção de aço, e avanço de 6,2% do uso da lixívia em função do aumento de 6,7% da produção de celulose. Já o gás utilizado em diversos segmentos industriais computou demanda superior à de 2020 em 20,8%.
Por sua vez consumo energético nos transportes registraram recuperação de 7,3% frente ao ano mais impactado pela Covid. Menção para aumentos de 32,8% do querosene de aviação, de 9,8% da gasolina e de 9,1% do óleo diesel. De acordo com o calendário de publicações da EPE, o Relatório Final do BEN 2022 e sua versão interativa estão previstos para agosto.
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