Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Para diretor da Aneel, desafio é alocar equilíbrio de custos e riscos para consumidor

Em: 19/04/2022 às 10:28h por Canal Energia

Governança do setor deveria ser intensificada para execução das agendas

 



Durante o painel de abertura do Agenda Setorial 2022, promovido pelo Grupo CanalEnergia /Informa Markets nesta segunda-feira, 18 de abril, o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, Hélvio Guerra, revelou que o maior desafio da agência hoje é alocar ao consumidor os custos e riscos de forma equilibrada. “É fazer a energia chegar até o consumidor e ele possa pagar”, afirma.

Guerra conta que há uma necessidade de mais governança adequada no setor elétrico, de maneira que ela possa pavimentar a execução das agendas. Para ele, é a governança que envolve as relações entre os vários agentes e atores e que há uma impressão que ela funciona bem, o que não ocorre. O diretor ressaltou que em muitas vezes uma boa comunicação é mais efetiva que a técnica de um marco regulatório. “A comunicação é essencial para que a gente possa ter uma boa performance no setor”.

Na agenda da agência para a distribuição, o aumento da satisfação do consumidor com o serviço prestado  é um dos pontos em destaque. Nos últimos anos, o consumidor de energia tem sido penalizado com sucessivos aumentos, decorrentes de fatores externos, como a pandemia com a conta covid ou o déficit hidrológico. Segundo o diretor, deve ser mostrado ao consumidor porque aquele valor está sendo cobrado e o que está sendo feito para reduzir o valor. A qualidade do serviço através da melhora dos índices como DEC e FEC foi outro ponto destacado pelo diretor para melhorar o contentamento dos clientes das concessionárias. “A satisfação do consumidor aumenta quando tem isso melhorado”, aponta.

Leilão – A agência ainda não definiu qual será a solução para os contratos viabilizados por térmicas movidas a óleo no leilão de dezembro do ano passado. Em março, o Superior Tribunal de Justiça derrubou a liminar que garantiu a participação dos empreendimentos no certame. Segundo Guerra, pela regra é possível chamar os que deram lances imediatamente maiores, mas teriam que ajustar esse valor ao do lance vencedor para fechar o contrato. Outra possibilidade aventada é a da realização de um novo certame. “Ainda não decidimos esse ponto”, avisa.