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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Aneel libera estudos para construção de megausinas na Amazônia

Em: 27/01/2022 às 10:38h por Revista Oeste

Há uma década, a agência recebe pedidos para instalação de hidrelétricas na região, mas, até então, não tinham sido viabilizados

Informações do jornal Estado de S. Paulo

Os levantamentos poderão ser realizados até 31 de dezembro de 2023
Os levantamentos poderão ser realizados até 31 de dezembro de 2023 | Foto: Arquivo/Agência Brasil

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou os estudos de viabilidade para construção de três grandes hidrelétricas na região amazônica.

O pedido da Eletrobras e da sua subsidiária Eletronorte foi aprovado nesta semana pela agência. Os estudos vão avaliar a instalação das usinas de Jamanxim, Cachoeira do Caí e Cachoeira dos Patos. Juntas, as hidrelétricas somariam mais de 2,2 mil megawatts, o suficiente para abastecer mais de três milhões de famílias.

Os levantamentos poderão ser realizados até 31 de dezembro de 2023. Há mais de dez anos, a Aneel recebe pedidos para estudar a construção dessas usinas, mas nunca foram viabilizados.

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Eletrobras e Eletronorte estão no “Consórcio Tapajós”, criado para viabilizar essas hidrelétricas que, há mais de uma década, não saem do papel devido aos possíveis impactos sobre áreas de conservação e terras indígenas da Amazonia.

Até hoje, o consórcio, que contava com a participação de companhias estrangeiras e nacionais, já gastou R$ 130 milhões em estudos frustrados.

Desde 2013, nenhum projeto hidrelétrico de médio ou grande porte foi licitado pelo governo federal, devido à complexidade ambiental.

O governo já possui o inventário de cada rio, com a capacidade de geração de cada usina, mas basicamente todas as propostas incluem a criação de reservatórios que alagariam grandes áreas protegidas.

A Eletrobras afirmou em nota que, “do ponto de vista técnico, a bacia do rio Tapajós guarda um relevante potencial hidrelétrico, com elevada capacidade natural de regularização das vazões do rio ao longo do ano” e que os estudos das novas usinas “ainda necessitam de ações governamentais”.

A Eletronorte explicou que “todos os projetos são viáveis tecnicamente e trariam grandes ganhos para a população brasileira, por serem empreendimentos de energia limpa, renovável e de custo potencialmente inferior ao de outras fontes de geração”.

Com informações do jornal Estado de S. Paulo