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WWF lança campanha contra hidrelétricas no Juruena

WWF lança campanha contra hidrelétricas no Juruena

Em: 06/06/2014 às 13:09h por Jornal da Energia

O WWF-Brasil lançou nesta semana a campanha SOS Juruena, com o intuito de mobilizar a sociedade para pressionar o governo e impedir a construção das hidrelétricas São Simão Alto e Salto Augusto Baixo, causando impactos sobre Parque Nacional do Juruena e à bacia do rio Tapajós.

“Se construído os reservatórios das duas usinas inundarão mais de 40 mil hectares no Parque Nacional do Juruena, no Parque Estadual Igarapés do Juruena e nas terras indígenas Escondido e Apiaká do Pontal, no Mato Grosso. No Amazonas, poderão ser atingidas porções do Parque Estadual do Sucunduri, além de terras indígenas.

A próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada para 10 de junho, analisará a declaração de utilidade pública de parte do Juruena, que está localizado na divisa do Mato Grosso e Amazonas. Se conquistada a declaração, esse será o primeiro passo para permitir a redução da área protegida para a construção de uma série de sete hidrelétricas na Bacia do Tapajós, considerada pelo movimento como de “alto impacto socioambiental”.

"Esse mosaico de áreas protegidas é fundamental para frear o desmatamento, a ocupação desordenada e a grilagem de terras que se expandia de forma agressiva a partir de Mato Grosso em direção ao Amazonas, antes das áreas serem criadas", lembra Marco Lentini, coordenador do Programa Amazônia do WWF. Segundo ele, a região é de extrema importância biológica para aves, mamíferos, répteis, anfíbios e espécies da flora ameaçadas de extinção. “O Brasil tem o compromisso internacional de proteger essas espécies", diz o especialista.

De acordo com o movimento, com quase 2 milhões de hectares, o Juruena é o quarto maior parque nacional do País. Ele representa 2,5% da área abrangida por unidades de conservação federais na Amazônia Legal e 5,3% das áreas protegidas como parques nacionais na região. O parque faz parte do Programa Arpa (Áreas Protegidas da Amazônia), que financiou parte das ações para sua implementação.