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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Leilão A-5: Uso de terminais de GNL da Petrobras pode garantir viabilização de térmicas

Leilão A-5: Uso de terminais de GNL da Petrobras pode garantir viabili

Em: 03/06/2014 às 11:09h por Canal Energia

A possibilidade de térmicas a gás se viabilizarem nos próximo leilão A-5, que será realizado em setembro deste ano, está mais próxima. Mesmo não atuando como fornecedora nos certames deste ano, a Petrobras deve ceder os seus terminais disponíveis de GNL para que o insumo possa ser importado por outros empreendedores. "Se tem alguma empresa que é um off taker do gás no mercado internacional e tem reserva, liquefação e transporte, oferecemos um contrato de operação e capacidade do terminal. Já temos até um pré-acordo fechado", afirmou Santoro, que esteve presente nesta terça-feira, 3 de junho, no Seminário de Gás Natural, realizado no Rio de Janeiro (RJ).

Sem querer dizer o nome do empreendedor nem mesmo em qual terminal será feita, o executivo apenas revela que é uma empresa que já atua no Brasil. "Várias empresas poderiam construir térmicas aqui", comenta. Santoro lembra que essa negociação da Petrobras não chega se configurar como estratégia de viabilização fonte térmica, mas que ela está aproveitando o fato de ter uma capacidade disponível em alguns terminais. O diretor da petrolífera também revelou que a empresa vai disputar o leilão A-5 com a UTE Azulão (AM - 105 MW). No início do ano, ele já havia dito que iria inscrever a térmica no leilão A-3, mas ela acabou não cadastrada. Ele também reafirmou que não vai faltar gás para abastecer os contratos, afastando qualquer tipo de especulação.

Ele acredita que os contratos de GNL para térmicas nos leilões são difíceis para empresas não integradas, uma vez que para ele, o CVU está abaixo do custo de operar com GNL. "Não é possível ter uma térmica ancorada no GNL, a menos que você já tenha uma jazida e traz o seu GNL para cá", observa. A empresa está comprando GNL antecipado. Santoro contou que ela tem comprado nos últimos meses lotes para dois anos com entrega mensal para os períodos considerados mais críticos pela empresa. "O mercado de 2014 é um mercado curto, a oferta está muito próxima da demanda, e para isso estamos comprando antecipado". Segundo ele, não há grande variação nos preços negociados, a compra é mais pela garantia de ter o insumo.