A Empresa de Planejamento Energético estima contratar entre 2014 e 2018 em torno de 41 mil MW. Segundo o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, normalmente se contrata cerca de 5 mil MW por ano, mas o Brasil contratará muito mais. O executivo voltou a dizer que há um equilíbrio estrutural entre oferta e demanda, com excedente de 5.400 MW médios em 2014, o que representa 8% da carga.

"Em 2014 tivemos uma das piores hidrologias no Brasil. Nunca houve um mês de fevereiro tão ruim em termos de hidrologia como neste ano. Mas 2014 não tem nada a ver com 2001, porque aumentamos a capacidade instalada em 351%, diversificamos a matriz energética e aumentamos a capacidade de transmissão", destacou o executivo, que participa nesta segunda-feira, 2 de junho, de evento sobre a matriz energética, promovido pela FGV.

Ele disse ainda que as térmicas a bagaço de cana-de-açúcar hoje tem uma capacidade instalada seis vezes maior que em 2001. "Elas são importantes porque começam a safra justamente no período seco, entre março e novembro", comentou. As eólicas, ainda de acordo com o executivo, também vem dando importante contribuição para o sistema, "na última sexta-feira, 30 de maio, elas geraram 1070 MW médios", contou.

Segundo o executivo, se houver um El Nino, como previsto, com a ampliação das linhas de transmissão, será possível transferir energia da região Sul para o Sudeste. "Nós já estamos fazendo intercâmbios entre regiões. O Norte estava enviando energia para o Sudeste e Nordeste", apontou.