Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Leilões ameaçam o crescimento de fontes renováveis, aponta estudo

Em: 12/02/2021 às 09:50h por Canal Solar

Pesquisa realizada por várias empresas apontam que energias renováveis não têm tanta aderência entre players de menor porte. Dados sugerem que leilões contribuem para essa inefetividade

 

Estudo promovido em parceria entre as companhias Energy Watch Group, World Future Council, Global Renewables Congress e Haleakala Stifung sugere que leilões podem estar atrapalhando o crescimento e a adoção das fontes renováveis pelo mundo.

Dados coletados pela pesquisa sugerem que uma maior variedade de políticas públicas é imperativa para o crescimento de fontes de energia limpas e renováveis. O estudo também aponta que leilões apresentam um histórico ruim no que diz respeito ao alcance de metas de instalação, projetos atrasados e cancelados, além da concorrência baixa, o que pode proporcionar um serviço inferior.

De acordo com Hans-Josef Fell, presidente da Energy Watch Group, “Esse estudo aponta que os leilões são um fator crucial de impedimento no crescimento exponencial das renováveis”. Além disso, ele completa: “Essa tendência alarmante coloca em risco o compromisso internacional de governos com as metas do Acordo de Paris”.

Outro ponto importante levantado pela pesquisa consiste na taxa de fracasso que leilões obtiveram em fomentar projetos de energia sustentável e renovável de diferentes portes. Especialistas envolvidos na pesquisa apontam para incentivos fiscais, como a tarifa renovável avançada – ou feed-in tariffs –, em projetos de menor escala.

Alemanha, França, Índia, Polônia e Portugal estão entre as nações que mais promoveram leilões relacionados à energia renovável durante o ano de 2020. Em Portugal, por exemplo, foi atingida a tarifa recorde de US$ 0.0131/kWh.

Enquanto isso, no Brasil, leilões previstos para acontecer foram cancelados em decorrência da pandemia da Covid-19. Ainda assim, o mercado livre de energia brasileiro passou por um bom ano, impulsionando empreendimentos por todo o território.

Apesar de tecer duras críticas aos leilões, o estudo compreende que são ferramentas importantes para a criação de políticas a favor de fontes de energia sustentáveis.