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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Eficiência energética e inteligência de dados devem ampliar a viabilidade da geração solar no Brasil

Em: 29/01/2021 às 08:47h por Canal Energia

O potencial do Brasil para gerar energia solar é enorme e a incorporação de soluções tecnológicas será vital para consolidar novos negócios no setor.

 



Por sua posição geográfica, próximo à Linha do Equador, o Brasil é o país com maior incidência de raios solares do mundo. Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, durante todo o ano, o País recebe mais de três mil horas de luz solar. Para efeito de comparação, a Alemanha recebe 40% menos luz solar em seu território. Também por conta de sua posição no planeta, o Brasil registra pouca variação dessa incidência ao longo do ano, diferentemente de países mais distantes da zona equatorial.

O copo meio vazio, nessa equação, é constatar que a geração de energia a partir do Sol ainda é pequena no Brasil – 1,6% da matriz energética brasileira em 2020, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). A mesma Alemanha, cuja incidência de raios solares corresponde a pouco mais da metade da quantidade registrada no Brasil, já tem 12% de geração solar em sua matriz energética.

No entanto, também é possível enxergar o copo meio cheio nesse cenário, já que a procura crescente por energia renovável próxima ou no local de consumo e a democratização do custo tornaram a energia solar distribuída protagonista da expansão da oferta de eletricidade no Brasil. Apesar do impacto da Covid-19, o setor de geração distribuída já atingiu 3 gigawatts (GW) em 2020, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e a expectativa é que o setor cresça entre cinco e 10 vezes na próxima década.

Diante desse potencial, a Siemens tem adequado seu portfólio para atender o setor em suas demandas por equipamentos e serviços relacionados à energia solar, uma das principais aliadas na busca por fontes sustentáveis, com baixa emissão de carbono. Como parte dessa estratégia, a empresa está trazendo para o mercado brasileiro os produtos da marca alemã Kaco, com cinco linhas de inversores de energia, que vão de 15 kW a 165 kW. Entre os diferenciais dos inversores da Kaco está a resistência, mesmo em condições adversas.

“Os produtos da Kaco são mais eficientes que a média do mercado e contam com tecnologia de ponta, oferecendo redução de custos e agregando valor aos projetos de geração própria de energia”, afirma o gerente de negócios do portfólio de Future Grids da Siemens, Ricardo Nakamura. Entre os diferenciais dos inversores da Kaco, em especial nas linhas de maior potência, está a fabricação com semicondutores de carbeto de silício, favorecendo a utilização em ambientes severos, com alta exposição ao Sol e grandes variações climáticas.

Os novos inversores, disponíveis em cinco linhas de produtos que vão de 15 kW a 165 kW, são indicados para diversos sistemas de geração distribuída instalados em indústrias e comércios, como redes varejistas e centros de distribuição, além de usinas de geração de energia situadas em locais remotos. O portfólio da Kaco é particularmente adequado para o modelo de usinas remotas de geração compartilhada, nas quais a produção de energia é a variável principal. “Essa novidade está em linha com os objetivos da Siemens de oferecer soluções inovadoras que vão ampliar o segmento de geração distribuída no Brasil”, acrescenta Nakamura.

Inteligência de dados e quebra de paradigma

Um mercado em expansão como o de energia solar pode se beneficiar muito de novos modelos de negócios, que ofereçam não necessariamente equipamentos, mas fundamentalmente economia de energia. Em linha com essa perspectiva, a Siemens fez recentemente outra ampliação de portfólio, adquirindo participação na Brasol Participações e Empreendimentos S.A, uma empresa de energia solar comercial e industrial. O investimento feito pela área de Private Equity da Siemens Financial Services está entre os maiores de capital estrangeiro no setor de energia solar distribuída no Brasil.

A palavra-chave no modelo de negócio proposto pela Brasol é serviço. Ao unir esforços com a Brasol, a Siemens passa a disponibilizar oportunidades de economia aos clientes, oferecendo energia solar como serviço. Por meio do modelo de negócio inovador, a Brasol fica responsável pelo desenvolvimento, instalação e operação do sistema, fornecendo um desconto garantido na conta de eletricidade para clientes industriais e comerciais.

Isso significa que o cliente não precisa investir em equipamentos ou sistemas específicos para geração solar. É a Brasol que entra com esses ativos, possibilitando o fornecimento da energia no longo prazo e com redução garantida de custos para o cliente. “É uma quebra de paradigma se comparado com o modelo tradicional de aluguel de equipamentos. Ao garantir a economia, a Brasol assume os riscos da operação. Não é a simples substituição do balanço do cliente pelo balanço da Brasol”, comenta David Taff, diretor de investimentos no Brasil da Siemens Financial Services.

A atuação da Brasol não se restringe à implantação e à operação do sistema que garante energia para o cliente. Em uma etapa anterior à implementação, a empresa opera como uma consultoria para entender o perfil de consumo do cliente. Nessa análise, além de dimensionar a necessidade de energia, também são detectadas as oportunidades de redução de consumo, por exemplo com adoção de medidas de eficiência energética, o que já se traduz como economia.

Um dos diferenciais do novo modelo de negócios proposto pela Brasol é a incorporação de sensores na usina para agregar valor adicional à operação. Será cada vez mais por meio da captura e do processamento de dados que as empresas serão capazes de conhecer, analisar, dimensionar e transformar suas operações, tornando-as mais eficientes e lucrativas. “À medida que dispõe de dados, detalhando o perfil de consumo de energia, o sistema estimula curvas de aprendizado sobre diversas variáveis da operação, aumentando a transparência e facilitando as tomadas de decisão”, complementa Taff. Esses dados podem, inclusive, trafegar pelo MindSphere, o sistema operacional em nuvem para Internet das Coisas (IoT) da Siemens.

“A descentralização da geração elétrica é uma tendência global, o que também aumenta a complexidade do sistema. O futuro do setor será cada vez mais focado na inteligência de dados para reduzir custos e mitigar riscos”, complementa o executivo. “Enxergamos potencial para identificar eficiências e gerar novas economias para os clientes na enorme quantidade de dados gerados”, conclui Taff.

(Nota da Redação: Conteúdo patrocinado produzido pela empresa)