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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Leilão transmissão teve cinco lotes vazios e competição em apenas três

Leilão transmissão teve cinco lotes vazios e competição em apenas três

Em: 09/05/2014 às 13:53h por Jornal da Energia

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O leilão de transmissão realizado nesta sexta-feira (09/05) teve cinco lotes vazios de 13 levados à licitação. Dos oito que tiveram vencedores, apenas três apresentaram competição (B, D e E). Os lotes sem interessados foram o A, H, I, J e L. O certame foi realizado na BM&FBovespa, em São Paulo.

Sozinha, a Copel levou os lotes M e K. Por meio do Consórcio Cantareira (Copel 49% e Elecnor 51%), arrematou o lote F. A Cymi Holding levou dois lotes (D e E) e foi quem apresentou os deságios mais agressivos. A Abengoa levou os lotes B e G. Alupar ficou com o C.

Segundo o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Reive Barros, os lotes arrematados representam um investimento de R$3,5 bilhões. O deságio médio do leilão foi de 13,18%.

Mesmo com cinco lotes vazios, Barros considerou o leilão um sucesso. Ele informou que a Aneel irá reavaliar os lotes que não atraíram investidores, podendo inclusive incorporá-los, e levá-los a licitação no próximo certame, previsto para setembro.

Copel foi a grande vencedora
A Copel, por meio do Consórcio Cantareira (Copel 49% e Elecnor 51%) arrematou o lote F sem deságio, com oferta de RAP de R$76,9 milhões. O lote é formado por duas linhas em 500kv de 328km cada.

Também sem deságio, a paranaense levou o K, composto por uma linha em 230kv de 53km e uma subestação, pela RAP de R$5,7 milhões. No lote L, a Copel ofereceu deságio de 6,53%. A RAP inicial era de R$15,3 milhões frente à vencedora de R$14,9 milhões.

Jonel Nazareno, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel, disse que saiu bastante satisfeito com o resultado obtido no leilão. "Os ativos conquistados são bastante satisfatórios para os interesses da Copel. A Copel Transmissão vem se firmando no mercado e nós temos uma missão de nos próximos oito anos construir uma nova Copel. Somos uma empresa muito sólida do ponto de vista financeiro e econômico e está com bastante apetite de expandir os seus negócios", disse.

Francisco Chica, diretor executivo de investimento em transmissão da Elecnor no Brasil, bem comemorou o resultado. “Esse é o terceiro projeto que a gente arremata em conjunto, que vem selar uma parceria que já é muito sólida”, disse. Além disso, Chica afirmou que a conquista traz confiança para os espanhóis continuarem investindo no Brasil.

Cymi Holding foi a mais agressiva
A Cymi Holding foi a mais agressiva em seus lances, mesmo quando estava sem concorrente. No caso do lote D, disputou com a Alupar e a Taesa. A Cymi levou com um lance único de R$45,5 milhões, o que representou um deságio de 36,09% em relação à RAP inicial de R$71,3 milhões. Alupar e Taesa apresentaram deságio de 4,99% e 9,14% respectivamente.

O lote D é formado pela linha LT 500 kV Morro do Chapéu II - Sapeaçu, 300 km,
LT 230 kV Juazeiro da Bahia III - Juazeiro da Bahia II, 1km e pelas subestações SE 500/230 kV Morro do Chapéu II e SE 500/230/69 kV Juazeiro da Bahia III.

No lote E, a Cymi levou com um lance de R$48,8 milhões, deságio de 23,24% sobre a RAP de R$63,6 milhões. Não houve disputa nesse lote, que é formado pelas LT 500 kV Quixadá - Açu III, 241 km, LT 500 kV Açu III - João Câmara III, 126 km, LT 500 kV João Câmara III - Ceará Mirim II, 60 km, LT 230 kV João Câmara II - Ceará Mirim II, 65 km.

A Abengoa levou o lote B, com oferta de R$92,5 milhões, deságio de 9,42% frente à RAP de R$102,1 milhões. Esse foi o único lote em que a disputa foi para a viva voz. Eletronorte era a outra interessada. A espanhola ainda arrematou o G, com oferta de R$36,4 milhões, deságio de apenas 1% frente à RAP de R$36,8.

O lote B é formado pelas linhas 230 kV Oriximiná - Juruti, CD, 138 km e 230 kV Juruti - Parintins, CD, 102 km, bem como por quatro subestações. O lote G é formado pelas linhas 500 kV Parauapebas - Integradora Sossego, CD, 2 x 58 km e 230 kV Integradora Sossego - Xinguara II, C2, 79 km, bom como por duas subestações.

A Alupar ficou com o lote C, mediante oferta de R$28,8 milhões, o que representou deságio de 4,99% frente à RAP de 30,3 milhões. Não houve disputa nesse lote, que é formado pela LT 230 kV Henry Borden - Manoel da Nóbrega - CD, 2 x 20 km e duas subestações.

Lotes vazios
- LOTE A
LT 230 kV Xingu - Altamira, 61 km
LT 230 kV Altamira - Transamazônica, C2, 188 km
LT 230 kV Transamazônica - Tapajós, 187 km
SE 230/138-13,8 kV Tapajós, (2 x 150 MVA), Compensador Síncrono 230 kV (-75/+150 MVAr) 
SE 230 kV Rurópolis, Compensador Síncrono (-55/+110 MVAr)
- LOTE H
LT 500 kV Vila do Conde - Marituba C1, 61 km
LT 230 kV Marituba - Castanhal C1, 63 km
LT 230 kV Marituba ? Utinga, C3/C4 CD, 12 km
SE 500/230/69 kV Marituba, (3+1R) x 300 MVA em 500/230-13,8 kV e 2 x 200 MVA em 230/69-13,8 kV
- LOTE I
LT 230 kV Paranatinga - Canarana, CS, 262 km
SE 230/138 kV Canarana, (3+1R) x 40 MVA
SE 500/230 kV Paranatinga, pátio novo em 230 kV, (3+1R) x 40 MVA
SE 500/138 kV Paranaíta, pátio novo em 138 kV, (3+1R) X 50MVA

- LOTE J
LT 230 kV Ribeiro Gonçalves - Balsas, C2, 95 km
- LOTE L
LT 230 kV Irapé - Janaúba 3, 130 km
LT 230 kV Irapé - Araçuai 2, C2, 61 km
SE 230/138 kV Janaúba 3, (3+1R) x 75 MVA