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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Após fim do período úmido, governo descarta racionamento em 2014

Após fim do período úmido, governo descarta racionamento em 2014

Em: 08/05/2014 às 13:57h por Jornal da Energia

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O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) divulgou nota a imprensa nesta quarta-feira (07/05) garantindo o suprimento elétrico para o ano de 2014. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética(CNPE), o CMSE informa que há uma sobra estrutural de cerca de 5.400 MW médios para atender a carga prevista (67.000 MW médios), valor este atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses.

O mês de abril encerrou com precipitações próximas da média histórica, nas principais bacias hidrográficas do sistema, segundo o CMSE. As afluências verificadas em abril foram cerca de 82%, 39%, 129% e 104% da média histórica nas regiões Sudeste / Centro Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente.

Ao comparar o desempenho da configuração atual do sistema com a configuração anterior à decretação do racionamento de 2001/2002, o MME observa que, no caso da região Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, o risco de déficit em 2001 é mais de 6 vezes superior ao deste ano. Já no caso da região Nordeste, o risco de déficit em 2001 chega a ser mais de 23 vezes superior ao de 2014.

"Utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências, assim como anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que deve e vem sendo utilizado sempre que necessário, como complementação à geração hidrelétrica", diz CMSE.

Confira a íntegra da nota.

O sistema elétrico apresenta-se estruturalmente equilibrado, com sobras, em termos de balanço energético, devido à capacidade de geração e transmissão instalada no país, que está sendo ampliada este ano com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações em fase de conclusão, considerando-se tanto o critério probabilístico (riscos anuais de déficit), como as análises com as séries históricas de vazões, para o atendimento de uma carga prevista para 2014, da ordem de 67.000 MW médios de energia. Considerando o risco de déficit de 5%, conforme critério estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, há uma sobra estrutural de cerca de 5.400 MW médios para atender a carga prevista, valor este atualizado com as datas de entrada em operação das usinas para os próximos meses.

Em termos de clima, o mês de abril encerrou com precipitações no entorno da média histórica, nas principais bacias hidrográficas do sistema. Nessas condições, as afluências verificadas em abril foram cerca de 82%, 39%, 129% e 104% da média histórica nas regiões Sudeste / Centro Oeste, Nordeste, Sul e Norte, respectivamente.

Considerando a configuração do sistema (parque gerador, rede de transmissão e carga) do Programa Mensal de Operação – PMO de Maio de 2014, e simulando-se o desempenho do sistema utilizando as 81 séries observadas no histórico, obtêm-se valores para o risco de qualquer déficit de energia iguais a 3,7% para a região Sudeste / Centro-Oeste e 0,0% para a região Nordeste.

Outras avaliações de desempenho do sistema, utilizando-se o valor esperado das previsões de afluências, assim como anos semelhantes de afluências obtidas do histórico, confirmam a garantia do suprimento no ano de 2014, uma vez que se dispõe atualmente de um parque de geração termelétrico significativo, que deve e vem sendo utilizado sempre que necessário, como complementação à geração hidrelétrica.

O aspecto de equilíbrio estrutural do sistema elétrico também pode ser evidenciado quando se compara o desempenho da configuração atual do sistema (PMO de Maio de 2014) com aquela configuração anterior à decretação do racionamento de 2001/2002 (Maio de 2001). Neste caso, os riscos de déficit de energia foram obtidos utilizando a mesma métrica, i.e., a mesma versão do Programa NEWAVE (Versão 19, homologada pela ANEEL em novembro de 2013).

A tabela abaixo apresenta os valores de risco de qualquer déficit de energia, simulando-se o desempenho do sistema por meio das 81 séries observadas no histórico.

Pode-se observar que, no caso da região Sudeste / Centro-Oeste, o risco de déficit em 2001 é mais de 6 vezes superior ao de 2014. Já no caso da região Nordeste, o risco de déficit em 2001 chega a ser mais de 23 vezes superior ao de 20143.

Análises prospectivas de desempenho do sistema, para o período 2015 a 2018, considerando térmicas despachadas na base nos anos de 2014 e 2015, e utilizando 2.000 séries sintéticas de afluências, apontam valores para o risco de qualquer déficit de energia nas regiões Sudeste / Centro-Oeste e Nordeste iguais a 4,0% e 0,4%, respectivamente, os quais estão dentro do critério de planejamento.

Portanto, embora as principais bacias hidrográficas onde se situam os reservatórios tenham enfrentado uma situação climática desfavorável no período úmido recém-encerrado, o Sistema Interligado Nacional dispõe das condições de equilíbrio estrutural necessárias para o abastecimento do país.

Este Comitê, de forma rotineira e dentro de sua competência legal, continuará monitorando, as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do país.