A Renova Energia está confiante em uma nova onda solar, que deverá ter início com o próximo Leilão de Energia de Reserva (LER), que deve acontecer no segundo semestre.

"Segundo declarações do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), esse certame deverá ter demanda separada por produto. Isso é muito importante para o setor, pois dá um sinal econômico para a cadeia de fornecimento", disse o diretor de Relações com Investidores da Renova, Pedro Villas Boas Pileggi, durante teleconferência com analistas e investidores, realizada nesta terça-feira (06/05).

A companhia se diz preparada para o leilão, mas a efetiva participação dependerá das condições. "Ainda é precipitado falar. Tudo vai depender do edital", disse.

Paralelo à uma eventual participação nos certames regulados, a companhia prepara-se para iniciar a implantação de um projeto híbrido, que unirá as fontes eólica e solar, na Bahia, ainda em 2014. O prazo de conclusão será de 12 meses. O projeto foi contratado com a Finep no valor de até R$ 108,0 milhões, com taxa de 3,5% ao ano. A primeira parcela do financiamento, de R$6 milhões, já foi liberada.

A capacidade instalada solar será de 4,8MWp, correspondente a 1MW médio. Serão 20 mil módulos fotovoltaicos com sustentação fixa e quatro inversores. No mesmo sítio, estarão instalados dois parques eólicos de 21,7MW, equivalente a 11MW médios. "As fontes vão compartilhar as redes de escoamento e alguns componentes de transformação. O projeto prevê a otimização da parte técnica dos projetos", disse.

"Seremos um dos maiores do Brasil", disse. Segundo Pileggi, empreendimentos maiores foram contratados no Leilão Solar de Pernambuco, realizado no final de 2013, mas o projeto da Renova encontra-se em fase mais madura de desenvolvimento.