O setor de transportes é responsável por 33% do consumo final energético no Brasil, sendo feito prioritariamente por rodovias. A avaliação da EPE mostra que a matriz de transportes poderia priorizar os modais ferroviário e hidroviário, o que poderia reduzir significativamente a demanda por energia e ampliar os ganhos de eficiência sistêmica.
O setor de transporte de passageiros, em geral, não apresentou ganhos de eficiência. As novas demandas da sociedade para o transporte coletivo das grandes cidades - como Rio e São Paulo - têm acrescido demandas nos ônibus que reduzem a eficiência média dos veículos.
Para veículos leves, os dados mostram que a inserção da tecnologia flex fuel repercutiu no aumento da demanda pelo etanol hidratado, que teve sua participação ampliada de 11,8% para 21,5%. A previsão é que a expansão continue já que veículos flexs estão dominando o mercado.
A expansão do GNV, que é utilizado em veículos convertidos, é competitivo principalmente para veículos que percorrem longas distâncias diariamente e que recebem benefícios fiscais locais (descontos no IPVA, por exemplo).
O Atlas indica aumento da eficiência dos veículos flex fuel em 17% entre 2003 e 2009, de 10,3 km/l para 12 km/l, quando consumindo gasolina. Já os veículos a gasolina apresentaram redução de 15% na eficiência no mesmo período, chegando a 9,5 km/l em 2009.
No transporte ferroviário, com novos investimentos em metrôs, trens urbanos, veículos leves sobre trilhos (VLTs) e monotrilhos, o setor ganhou equipamentos mais eficientes.
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