Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Termelétrica de Cuiabá retoma geração

Em: 13/09/2019 às 09:19h por JORNAL A GAZETA

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Desde a semana passada a usina está gerando sua capacidade máxima, de 480 MW de energia, no SIN


FABIANA REIS - EDITORA DE ECONOMIA - GAZETA



Usina Governador Mário Covas (Termelétrica de Cuiabá) volta a operar e reforça a geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Depois de mais de um ano parada por falta de gás natural, a operação foi retomada aos poucos no último mês com aumento gradual na carga gerada até atingir a capacidade máxima de 480 megawatts (MW), na semana passada.


Há alguns meses o governo do Estado negocia com o governo boliviano o fornecimento direto do insumo para abastecer o mercado local. No fim de agosto mais um passo foi dado com a assinatura de contrato entre a Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás) e a GasOcidente de Mato Grosso (GOM) - que pertence à Âmbar Energia, também proprietária da usina térmica para uso do gasoduto no lado brasileiro.

Entre as 169 usinas termelétricas do país, a Mário Covas está em 8ª colocação na geração de energia, conforme relatório diário do Operador Nacional do Sistema (ONS) do último dia 11. A média de geração diária por termelétricas de todo o sistema nacional, este ano, é 9.984,15 megawatts ao dia. “É uma das maiores empresas do Estado e estamos trabalhando para aumentar a arrecadação e fomentar os benefícios de redução de custos para o consumidor”, explica o presidente da (MT Gás), Rafael Reis, sobre a retomada do fornecimento para a empresa âncora no consumo de gás natural no Estado.

A usina emprega 100 trabalhadores de forma direta e, em sua produção máxima, consome 2,2 milhões de metros cúbicos (m3) de gás natural por dia. A produção é lançada no SIN e pode impactar o preço da energia ao consumidor final. O volume de energia gerado é suficiente para atender 40% da demanda por energia na Baixada Cuiabana. Em tempos de altas temperaturas, a operação vem reforçar o sistema energético brasileiro.



“A principal consequência é mais segurança energética. Se você tem uma térmica dentro da cidade de Cuiabá e houver qualquer ocorrência nacional, você tem uma eficiência de recuperação de garantia energética muito maior no Estado”, informa o diretor corporativo da Âmbar Energia, controladora da UTE de Cuiabá, Rodrigo Zúniga.



Ele afirma que com a sinalização do governo de que quer construir um mercado degás promissor em Mato Grosso e usar um volume considerável de gás para indústriase veículos, com maior firmeza e confiabilidade, é possível atrair investimentos para aconstrução de outra usina, com até o dobro da capacidade da construção atual.



SegurançaO governo do Estado finaliza as tratativas entre a estatal de Mato Grosso e a boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) para que o Estado ofereça a segurança jurídica de um contrato firme, em que a quantidade de gás contratada é efetivamente entregue, sem interrupções. A demanda atual levantada pelo Estado é de 5 milhões m3 ao mês do combustível.