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de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Antecipação de linhas de transmissão puxa resultado da EDP no 1º trimestre

Antecipação de linhas de transmissão puxa resultado da EDP no 1º trime

Em: 09/05/2019 às 07:45h por

O segmento de transmissão de energia foi o principal destaque do resultado da EDP Brasil no primeiro trimestre do ano, um lucro de R$ 295,6 milhões, com crescimento de 38,1%, em relação a igual período de 2018.

De acordo com a companhia, tradicional investidora em geração e distribuição de energia no Brasil, a área de transmissão gerou cerca de R$ 40 milhões de Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). "Foi o primeiro trimestre que teve um grande impacto do resultado de nossas transmissoras", afirmou o presidente da EDP Brasil, Miguel Setas, ao Valor.

O resultado da transmissão veio principalmente de um lote no Espírito Santo, que entrou em operação com 20 meses de antecipação em relação ao prazo regulatório.

A área de negócios também foi o principal responsável pelo total de investimentos de R$ 458,3 milhões entre janeiro e março, recorde da elétrica para um trimestre. Para este ano, a EDP prevê investir R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 2 bilhões em transmissão.

Ainda em transmissão, a empresa está analisando oportunidades de aquisições de ativos que estão em construção ou operação. "Há uma série de projetos que estão no mercado e nós estamos atentos a essas oportunidades", disse Setas.

Questionado sobre o nível de endividamento de 2,1 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda, o executivo afirmou que a companhia não vai ultrapassar o limite de 2,5 vezes estipulado na política financeira da empresa. "Estamos com um endividamento muito conservador".

Segundo o presidente da EDP Brasil, a área de distribuição também foi destaque, com um aumento de 5,1% do volume de energia distribuída. "Os resultados das distribuidoras também evoluíram bem". O salto no volume de energia fornecida foi motivado pelas elevadas temperaturas observadas no início do ano.

Questionado sobre um possível desempenho mais fraco do mercado de energia no Brasil, devido a uma estagnação da economia, Setas disse que o plano da empresa para este ano já contempla uma visão conservadora sobre o crescimento da economia. "Já havíamos planejado um crescimento moderado em 2019 e, por isso, está muito em linha com as nossas expectativas".

Perguntado sobre um eventual interesse na privatização na elétrica gaúcha CEEE, o executivo disse que as atenções do grupo em distribuição hoje estão concentradas nas empresas de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. A EDP Brasil é hoje a maior investidora da Celesc, com 23,56% do capital da elétrica catarinense.

Em geração, Setas ressaltou que a hidrelétrica de Lajeado, a maior do tipo do grupo no mundo, com 902 megawatts (MW), em Tocantins, foi classificada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) como a melhor do país, em fiscalização feita em mais de 100 usinas. "Em um cenário em que se discute muito essa questão de segurança de barragens, é um resultado muito significativo para nós".

Fonte: Valor Econômico