Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso

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Rateio na conta de luz

Rateio na conta de luz

Em: 27/03/2019 às 10:01h por

Os apagões na Venezuela vão impactar na fatura de energia dos brasileiros. Roraima, único estado a não estar conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), dependia da importação de energia do país vizinho, que deixou de cumprir o contrato em 7 de março, quando começou a série de apagões. Ontem, em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que garantir o abastecimento de Roraima vai custar R$ 1,9 bilhão a mais para os consumidores.

Como a Venezuela mal consegue suprir seu próprio território, o Brasil passou a despachar termelétricas a óleo diesel, que produzem a energia mais cara do mercado. Albuquerque explicou que a geração chega a 210 megawatts (MW) em térmicas abastecidas com o combustível. O impacto será de quase R$ 2 bilhões ao longo de 2019. Como no setor elétrico a conta é sempre rachada, a previsão é de aumento de, pelo menos, 0,34% nas faturas dos consumidores.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) explicou que, segundo estimativas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a diferença entre o custo anual de operação do sistema elétrico de Boa Vista com a importação da Venezuela — estimada em 30 MW médios durante o dia e 120 MW médios durante a noite — e sem a energia do país vizinho é de R$ 684 milhões adicionais aos R$ 730 milhões já previstos para a operação desse sistema no orçamento da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) de 2019.

“Considerando 10 meses de suprimento sem a importação da Venezuela, há um custo adicional de R$ 570 milhões, o que resultaria no aumento médio de 0,34% nas tarifas dos consumidores finais”, afirmou a Aneel, em nota. “Os recursos adicionais impactariam a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)”, acrescentou.

Dois interessados na Norte Sul

O leilão da Ferrovia Norte Sul (FNS), marcado para amanhã, atraiu, ao menos, dois interessados. A concessionária Rumo, operadora da Malha Paulista, que se conecta ao Sul com a FNS até o Porto de Santos, fez uma oferta que chamou de “realista”. A VLI, que opera o Tramo Norte da FNS, entre Açailândia (MA) e Porto Nacional (TO), também é parte interessada, embora não tenha admitido que apresentou proposta. De acordo com o edital, o interessado que oferecer o maior valor de outorga no leilão terá o direito de operar o trecho de 1.537km, com 90% das obras já realizadas, por 30 anos, sem direito à prorrogação. O lance mínimo é de R$ 1,4 bilhão e o investimento previsto, de R$ 2,7 bilhões.

Fonte: Correio Braziliense