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Aquisições de R$ 5 bi põem Omega entre maiores geradoras

Aquisições de R$ 5 bi põem Omega entre maiores geradoras

Em: 22/03/2019 às 09:11h por

Desde que abriu o capital, em julho de 2017, a Omega Energia - empresa de geração de energia renovável - adquiriu no mercado quase R$ 5 bilhões em ativos e se tornou uma das maiores companhias de geração renovável do País. Foram dois complexos eólicos e um parque de geração solar, que elevaram a capacidade instalada da empresa - cujo sócio é a gestora de recursos Tarpon - em 140%, para 1.145 megawatts (MW).

Criada em 2008, a Omega abriu seu capital em julho de 2017, quando captou R$ 789 milhões. Um ano antes a empresa já havia tentado fazer seu IPO (oferta pública de ações), mas o cenário turbulento, com impeachment da então presidente Dilma Rousseff, atrapalhou os planos dos sócios.

A tentativa, porém, deu algumas pistas do que o mercado queria, afirma o analista do Santander, Thiago Roberto Luis da Silva. "Os road shows (apresentações) feitos mostraram que os investidores não queriam uma empresa que faz tudo, que vai a leilão, que constrói e opera." Foi aí que a Omega foi dividida em geração e desenvolvimento. A abertura de capital envolveu apenas a geradora, que hoje vale no mercado R$ 2,34 bilhões - 86% acima do valor da época do IPO.

O presidente e fundador da Omega, Antonio Bastos Filho, conta que a abertura de capital era uma escolha para fazer a empresa crescer. "Já tínhamos mapeado as opções e então decidimos fazer as captações." Ao separar o grupo em duas áreas, ele afirma que conseguiu ampliar a margem da empresa de geração e ter um dos melhores desempenhos do setor.

O primeiro empreendimento da empresa foi uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), de 20 MW, que entrou em operação em 2010. Nos anos seguintes vieram os parques eólicos e, mais recentemente, o complexo solar de Pirapora, em Minas Gerais. Para o futuro, Bastos Filho, de 40 anos, diz que o objetivo é integrar os ativos adquiridos desde a abertura de capital, fazer os ajustes necessários e garantir a performance dos empreendimentos para a empresa.

Apetite

As aquisições continuam no radar da empresa. "Hoje há no mercado cerca de 18 mil MW que vão mudar de mãos nos próximos anos e, portanto, podem ser potenciais negócios para a Omega", diz Bastos Filho. Para ir às compras, porém, a empresa poderá ter de fazer emissões, afirma Silva, do Santander. Segundo ele, com as últimas compras, a Omega esgotou o volume captado. Mas o movimento poderia ser uma boa notícia para a Omega, uma vez que daria maior liquidez para a companhia.

Fonte: DCI